Hoje é páscoa. Momento de reflexão, pensar em chocolates, de comer aquela bacalhoada em família, mas eu estou pensando em cocô. Você vai me perguntar se eu estou maluco ou outra coisa do tipo. Vou explicar o porquê deste pensamento.
Imagine você andando na rua e ser surpreendido por uma tisunami ... uma tsunnami de merda. É isso mesmo que você acaba de ler: uma tsunami de merda. Nojento, não é? Esse fato inusitado aconteceu no domingo passado (dia 17/04) em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. A parede da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Toque-Toque da concessionária Águas de Niterói se rompeu gerando esse transtorno aos moradores do bairro Ponta D'Areia.
O episódio seria cômico se não tivessem feridos e perdas materiais ao comércio e aos moradores. Foram despejados seis milhões de litros, o que equivale a 2,5 piscinas olímpicas. Além disso, oito pessoas ficaram feridas com a enxurrada de esgoto.
A opinião pública fluminense comentou o fato, mas não teve a mesma importância que a maçante lembrança da chacina na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Acho que a imprensa não está respeitando a dor dos familiares. É angustiante assistirmos o discurso sem nexo daquele jovem problemático. Enfim, eu não sei quais são os critérios que passam pelo chefe de redação quando se escolhe uma notícia.
Voltando ao assunto... Por mais que a Águas de Niterói seja uma empresa particular, a concessionária recebe verba pública. Em outras palavras, é o nosso dinheiro indo embora junto com a bosta. A prefeitura de Niterói fez vista grossa diante do fato, “cagando e andando“ para os moradores daquela região.
Hoje faz uma semana desse incidente e já caiu no esquecimento da opinião pública fluminense. Se a imprensa já esqueceu o episódio, imagine a Águas de Niterói e a própria Prefeitura de Niterói?
Então, caro leitor, se você passar por uma estação de esgoto e alguém gritar: CORRE QUE É MERDA. Tenha a certeza que você será vítima do tsunami de cocô.
