quinta-feira, 21 de abril de 2011

Saudade dos índios de antigamente

Índio da aldeia Karintiana


Nessas minhas andanças como repórter pela Amazônia ocidental brasileira, um fato inusitado me chamou atenção.

Certa vez uma manifestação de uma etnia indígena muito conhecida em Rondônia pedia que a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) providenciasse a limpeza ao redor das malocas.

Na Amazônia, a maioria dos índios moram em casas comuns construídas nas reservas pela Fundação. É parte de mais uma modificação atribuída ao “branco” na cultura indígena brasileira. Tenho que admitir, tal situação me deixou perplexo! Quem neste momento ler este informe deve esta imaginado a mesma coisa que eu, ao ouvi a reivindicação feita pelos indígenas. "Índio preguiçoso não faz ‘p’ nenhuma e, ainda não tem coragem de cuidar da limpeza da própria casa"!

Parece até irônico, mas isso é parte da cultura deles. Não esqueça que também temos um pé na aldeia.
Mas a situação não é nem a ponta do iceberg do que vem acontecendo com os índios da região Norte. Guajará-Mirim, interior de Rondônia concentra a maior população indígena do Estado. A região conta com quase 5 mil índios. A ociosidade e a influência com o homem urbano vêm fazendo com muitos se tornem dependentes do alcoolismo e do uso de drogas, como, a cocaína.

Os índios de hoje, sequer lembram aqueles de quando Cabral aportou aqui no Brasil.

Emerson Barbosa – Rondônia

Foto: Ronaldo Nina

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